sexta-feira, 30 de outubro de 2009

INCUMPRIMENTO, DISSE O INAG

Do mesmo modo que critiquei a omissão quanto aos transvases, quero aqui felicitar as autoridades portuguesas por assumirem que existe um incumprimento da Convenção Luso - Espanhola.
Estamos finalmente a percorrer o caminho que permitirá que o Tejo volte a ter a dignidade de outrora. Bem hajam.
Para que seja claro, o primeiro passo será sensibilizar o parlamento e o governo, e o segundo passo, sensibilizar as instituições da União Europeia.
Devemos portanto sensibilizar os interessados para a necessidade de um acordo entre Portugal e Espanha quanto ao estabelecimento de um plano de médio e longo prazo que permita alcançar os objectivos previstos na Directiva Quadro da Água e preservar a bacia hidrográfica do Tejo e seus ecossistemas, sempre sob a supervisão da União Europeia.
Tenho a expectativa que seja possível alcançar este objectivo, nomeadamente, com o apoio da União Europeia através de um projecto comunitário para implementar alternativas aos transvases.
As queixas de incumprimento por parte de Estados Membros ou por má administração da Comissão Europeia serão sempre o grito de desespero do Tejo, em última instância, e nunca um objectivo em si mesmos.

Espanha tira água a Portugal - Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009
Batalha ibérica: pela primeira vez, as autoridades nacionais admitem que Madrid não cumpriu o acordo das águas e reteve 200 milhões de metros cúbicos do Tejo.
Carla Tomás
Em Vila Velha de Ródão voltaram a ver-se gravuras rupestres há muito submersas. No Tejo Internacional, um manto de algas verdes (eutrofização) cobriu 50 quilómetros de troço durante cerca de cinco meses, quando o habitual era este fenómeno acontecer só no Verão. E quem desceu o rio de canoa entre Alpiarça e Santarém, há uma semana, encontrou vários troços com apenas dois palmos de água.
A redução do caudal tem uma explicação: Madrid "não cumpriu a convenção" que regula os rios luso-espanhóis, revelou ao Expresso Orlando Borges, vice-presidente da Comissão portuguesa que tutela a Convenção de Albufeira que dita as regras do aproveitamento sustentável das bacias hidrográficas comuns. Em causa estão 200 milhões de metros cúbicos de água que não passam o Tejo para cá da fronteira.
Se os caudais continuarem a diminuir e a poluição do Tejo se mantiver, os ecossistemas do rio serão postos em causa tal como as actividades que deles dependem.
Situação preocupante
"A situação é preocupante sobretudo agora que entrou em vigor o novo regime de caudais que impõe mínimos mensais e semanais", admite Orlando Borges, que tutela o Instituto da Água (Inag). Feitas as contas, no início de Outubro, concluíram que os nossos vizinhos só passaram 2500 milhões de metros cúbicos de água quando estavam previstos 2700 milhões. Detectada a falha, as autoridades nacionais notificaram as de Madrid, que responderam quarta-feira argumentando que o incumprimento se deveu à falta de chuva. Para corrigir a situação, iniciaram-se conversações e "as autoridades espanholas garantem que a água será reposta", esclarece o embaixador Santa Clara Gomes, que preside à Comissão.
Entretanto, novas manobras se preparam do lado de lá da fronteira que deixam em alerta os senhores que tutelam as águas do lado de cá. Fala-se em novos transvases do Tejo que põem em causa o futuro do rio. "Oficialmente dizem-nos que não há projecto nenhum", garante Orlando Borges. Porém sabe-se que a Junta da Estremadura anunciou um segundo transvase do Tejo, a partir da albufeira de Valdecanas, com o objectivo de 'salvar' o parque natural de Tablas de Daimiel. Este parque (com uma área equivalente ao concelho de Portalegre) está a arder devido a uma seca que se prolonga há cinco anos.
A agricultura intensiva esgotou os aquíferos do país vizinho e Bruxelas já avançou com um processo contra Madrid por causa da catástrofe ecológica. A concretizar-se, o transvase atravessará a bacia do Guadiana o que levará as comunidades locais a quererem alguma da água para elas. A guerra da água já agita as autonomias espanholas.
Queixa na Europa em equação
Porém, Madrid não poderá autorizar o transvase sem consultar Lisboa e sem realizar uma Avaliação de Impacte Ambiental. E Portugal pode sempre recorrer a Bruxelas acusando Madrid de violar a Directiva-Quadro da Água ou a convenção de Ramsar. Tal dependerá das negociações que se seguirem. Para já são os ambientalistas reunidos no Movimento pelo Tejo que estão a equacionar "avançar com uma queixa junto do provedor europeu de justiça pelo facto de a Comissão Europeia não fiscalizar o cumprimento da directiva-quadro da água".
Este será o primeiro passo, segundo o porta-voz Paulo Constantino. Pedro Serra, presidente da empresa Águas de Portugal e vogal da Comissão que tutela as bacias luso-espanholas, critica os espanhóis: "Criaram um problema e estão a procurar uma solução que nos causa a nós problemas". Este será um assunto quente nas mãos da nova ministra do Ambiente.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SOBRE-EXPLORAÇÃO DA ÁGUA DO TEJO

O Índice de Exploração de Água (WEI) coloca a bacia hidrográfica do Tejo no 7º lugar dos rios com elevada pressão sobre os recursos hídricos, correspondente a um índice superior a 40%, como apura o relatório sobre recursos hídricos publicado a 17 de Março de 2009 pela Agência Europeia do Ambiente.
Posição País Rio / Bacia
1º Espanha Andaluzia
2º Portugal Sado
3º Espanha Segura
4º Portugal Vouga
5º Portugal Bacia Algarvia
6º França Rhine Meuse
7º Portugal Tejo

O Índice de Exploração de Água (WEI), apesar das suas limitações, fornece indicações sobre a escassez de água, constatando-se uma coincidência geográfica (Portugal e Espanha) entre as bacias com maiores índices e sobre as quais foram reportadas, por várias fontes, uma diminuição dos recursos hídricos dos rios e significativos impactos sobre a sedimentação (ex: assoreamento).
Fonte: Water resources across Europe — confronting water scarcity and drought - European Environment Agency Report No 2/2009, published at 17 March 2009

proTEJO ESMIUÇADO PELO SEMANÁRIO ABRANTINO "PRIMEIRA LINHA"

Entrevista de Paulo Constantino, porta-voz do proTEJO - Movimento Pelo Tejo, ao semanário abrantino "Primeira Linha"
1 - Como surge o movimento proTEJO?
A origem do movimento proTEJO encontra-se na falta de água do Tejo e na degradação dos seus ecossistemas.
Vivendo em Vila Nova da Barquinha não pude deixar de assistir à redução dos caudais do rio Tejo que vem ocorrendo desde 2004 /2005 e que actualmente regista os mais baixos níveis de sempre.
Neste contexto, realizou-se em Vila Nova da Barquinha o encontro “Salvar a Água” promovido pelo Instituto para a Democracia Portuguesa e pela COAGRET, tendo estado presentes as ONG do Ambiente portuguesas e uma representante do movimento espanhol em defesa do Tejo de Talavera de la Reina (Espanha).
Tomei conhecimento do encontro e da manifestação que o movimento espanhol tinha programado realizar a 20 de Junho em Talavera de la Reina e considerei que os cidadãos portugueses do Tejo deviam estar presentes nessa manifestação, pelo que apresentei uma moção na Assembleia Municipal de Vila Nova da Barquinha para esse efeito que foi aprovada por unanimidade.
Em consequência, cerca de 40 portugueses de Vila Nova da Barquinha, do Entroncamento e da COAGRET, manifestaram-se contra a política espanhola de transvases do Tejo conjuntamente com 40.000 espanhóis.
A representação portuguesa foi aplaudida a cada passo que dava com a sua faixa azul, que dizia “Pelos nossos rios, pelo nosso futuro – Vila Nova da Barquinha – Portugal”, como relembrou no dia 17 de Outubro o representante do movimento espanhol de Talavera.
A partir desse dia multipliquei os contactos e começou a construir-se o movimento proTEJO que pretende mobilizar os cidadãos portugueses da bacia hidrográfica do Tejo na defesa do rio e seus ecossistemas, tendo em vista alertar os portugueses e a comunidade europeia e internacional para os seus problemas e respectivas soluções.
2 - Quais os principais problemas que o movimento proTEJO hoje identifica no Tejo?
Os principais problemas do Tejo são falta de água em quantidade e qualidade, que permitam garantir a preservação dos seus ecossistemas ribeirinhos, a sobrevivência das actividades económicas ligadas ao rio (agricultura, pesca, extracção de areia, aventura e lazer, etc) e a vivência das populações ribeirinhas em comunhão com os seus rios, recuperando os laços culturais que as ligavam ao rio.
3 - Quem faz parte deste movimento?
O movimento proTEJO conta com a adesão de meio milhar de cidadãos e de 21 organizações congregando já 7 autarquias, entre as quais a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, os Municípios de Vila Nova da Barquinha, Chamusca, Golegã e Abrantes, e as Freguesias de Praia do Ribatejo, Tancos e Vila Nova da Barquinha.
Também aderiram a este movimento cívico o Instituto para a Democracia Portuguesa (IDP), quatro associações ambientalistas nacionais - QUERCUS, GEOTA, Liga para a Protecção da Natureza (LPN), COAGRET – Portugal e uma regional como a EcoCartaxo, a associação para o desenvolvimento AIDIA - Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça, quatro associações de desportos náuticos - Associação Náutica da Marina do Parque das Nações, Clube do Mar Costa do Sol, Clube Náutico Barquinhense, Clube Náutico de Vila Velha de Rodão - e associações de cariz social - Associação dos Amigos das Caneiras, Associação Voluntariado e Acção Social do Entroncamento e a Real Associação do Ribatejo.
Além destas, ainda na 5ª feira estive em reunião com a Associação dos Areeiros do Tejo, que pretendem integrar uma solução para a melhoria das condições do rio Tejo face aos problemas de assoreamento com que se depara, e espero nos próximos tempos encontrar-me com associações de agricultores com vista a esclarecê-los destes problemas visto que serão os principais prejudicados pelos reduzidos caudais e pela cada vez menor qualidade de água que o rio transporta. Será necessário que compreendam que a água de má qualidade não permitirá obter produtos agrícolas de boa qualidade.
No contexto ibérico, estamos integrados na Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo e seus afluentes (ibérica), em conjunto com várias organizações portuguesas e movimentos espanhóis, como aqueles que estiveram em Caneiras Santarém, no dia 17 de Outubro, e que mobilizaram 40.000 pessoas em Junho, entre outros, Coordinadora en defensa del Tajo Medio y Gredos, Ecologistas en Acción de Toledo, Federación de Asociaciones de Vecinos "El Ciudadano"-Toledo, Fundação Nova Cultura da Água, Greenpeace – Toledo, Plataforma en Defensa de los Ríos Tajo y Alberche de Talavera de la Reina e Plataforma de Toledo en defensa del Tajo.
4 - Qual a posição do proTEJO sobre as políticas de transvases existentes e de outros, porventura projectados?
A consolidar-se a política de transvases do governo espanhol, o Tejo irá ficar com quatro transvases:
O Tejo tem dois transvases vigentes, o Tejo - Segura que parte das Barragens Entrepenas e Buendia (leva 80% das precipitações da cabeira do Tejo), e o Tejo - Las Tablas de Daimiel que alimenta este parque natural (que registou perdas de água de 95% em Agosto e para onde querem fazer em Janeiro - para ter menos perdas- um transvase para suster um incendio de trufa por incúria no tratamento do parque).
Encontra-se em construção um terceiro transvase, conhecido como Tejo-Guadiana ou tubagem manchega, que recolherá parte do caudal no início do Transvase Tejo –Segura com a finalidade de fornecer a província de Ciudad Real da região de Castilla-La Mancha, na Bacia Hidrográfica do Guadiana (para fora da bacia hidrográfica do Tejo, por isso um transvase).
O 4º transvase Tejo - Guadiana e Segura para o qual foi publicado o contrato do estudo de viabilidade pela Junta da Extremadura, no Jornal das Comunidades Europeias, sendo a denominação no contrato a seguinte "Serviço de consultoria e assistência técnica para o estudo de viabilidade de um possível transvase desde a barragem de Valdecañas até ao Levante Espanhol e de alternativas prioritárias de um transvase interno Tejo-Guadiana na Extremadura".
Este é o primeiro passo da Extremadura para construir um transvase do Tejo ao Segura que complementará o actual desde a cabeceira do Tejo e outro entre as duas principais bacias para os seus regadios. O estudo tem de estar pronto em 2010.
O proTEJO recusa a política de transvases espanhola, os novos e os actuais transvases, considerando que devem ser implementadas alternativas aos transvases baseadas no uso eficiente da água, entre as quais poderá estar a dessalinização.
A implementação dos 2 novos transvases, um em construção e outro em estudo de viabilidade, terá como consequência uma redução significativa do caudal do Tejo em Portugal, o que seria desastroso se considerarmos o quase inexistente caudal que hoje apresenta.
Neste domínio convém ainda esclarecer que o novo transvase, a partir da barragem de Valdecañas que recebe as águas do rio Tiétar, afluente do Tejo, vai levar para Murcia e Valência as únicas águas limpas que até agora entravam no Tejo.
As únicas águas que chegarão a Portugal vindas de Espanha serão as águas residuais, ou seja, o esgoto, como disse a Greenpeace, de 7 milhões de madrilenos que entram no Tejo através do rio Alberche. Será esta água de má qualidade que chegará ao Tejo em Portugal e que será utilizada na nossa agricultura, a água que os espanhóis de Murcia e de Valência não querem por ser de má qualidade.
5 - Existe, ou seria desejável, encontrar políticas alternativas aos transvases?
A alternativa aos transvases é a utilização eficiente da água, existindo também a possibilidade da dessalinização da água do mar entre outras.
Mais que desejável, é obrigatório que sejam encontradas alternativas aos transvases para que Portugal e Espanha possam cumprir a Directiva Quadro da Água no que se refere à bacia hidrográfica do Tejo.
A Directiva Quadro da Água (DQA) determina que em 2015 as águas superficiais e subterrâneas devem estar em bom estado de conservação, e que em 2009 deverá ser adoptado o plano da bacia hidrográfica, incluindo medidas para atingir esses objectivos ambientais e uma adequada participação pública.
Enquanto se introduzem e aplicam estas medidas, a DQA diz que não deve haver uma maior deterioração dos rios e que devem recuperar-se os custos dos serviços de água.
Com os novos transvases iremos ter menos água e de menor qualidade, como a água verde que já hoje corre no rio Tejo em Abrantes, pelo que, por certo, a directiva não irá ser cumprida por Espanha.
6 - Quem poderá, deverá, desenvolver uma linha estratégica que assegure o cumprimento do regime de caudais ecológicos e que permitam o funcionamento dos ecossistemas?
A sustentabilidade da gestão da bacia hidrográfica do Tejo e o cumprimento em 2015 das determinações da União Europeia constantes da Directiva Quadro da Água, nomeadamente, assegurar o bom estado das águas e a unidade da gestão da bacia hidrográfica do Tejo, implica que cada um assuma a sua quota-parte de responsabilidade na prossecução desses objectivos:
1º O Governo Espanhol deve investigar e implementar alternativas aos transvases, baseadas no uso eficiente da água, pela dessalinização, entre outras;
2º O Governo Português deve exigir que Espanha tome medidas para eliminar os transvases e tomar medidas para melhorar a qualidade das águas que devolve ao rio;
3º A Comissão Europeia deve fiscalizar e acompanhar as políticas hidrológicas para garantir que estas caminham no sentido de alcançar, em 2015, o cumprimento da Directiva Quadro da Água, o que não é o caso de Espanha, que pelo contrário irá piorar o estado das águas com os transvases que mantém vigentes, que está a construir e que planeia fazer desde o Médio Tejo.
Face aos transvases do Tejo, vigentes e em construção ou em estudo de viabilidade, o Estado Português deveria informar a Comissão desse facto recomendando a investigação e implementação de alternativas a estes transvases no sentido da sustentabilidade e unidade de gestão da bacia hidrográfica do Tejo, à qual a Comissão terá que responder no prazo de 6 meses, nos termos do artigo 12º da Directiva Quadro da Água.
Complementarmente, na resolução dos problemas do Tejo em Portugal, o assoreamento, a poluição, a pesca ilegal, etc... deverá ser a Administração da Região Hidrográfica do Tejo a intervir, a congregar e a ouvir os parceiros para resolver os problemas do rio, os agricultores, os areeiros, os ambientalistas, os pescadores, os autarcas, entre outros.
Outra parte fundamental é o regime de caudais ambientais aplicáveis aos rios, estando previsto nas normas dos tranvases e na jurisprudência do Supremo Tribunal de Espanha que só se pode transvasar a água da bacia hidrográfica do Tejo, quando se tenha satisfeito 100% de todos os usos preferenciais da Bacia Hidrográfica do Tejo (abastecimento de água, irrigação, industriais, de lazer, etc), incluindo a restrição prévia ambiental (caudais ecológicos, bom estado, etc) e o cumprimento do Convénio de Albufeira.
Neste ponto importa esclarecer que foi revisto recentemente, entrando em vigor em 2009, o regime de caudais do Convénio de Albufeira, estabelecendo caudais trimestrais e mensais, mas que foram introduzidos directamente no convénio de Albufeira e no novo plano da bacia hidrográfica do Tejo sem cumprir os critérios da DQA nem a participação pública dos cidadãos de ambos os países.
Este regime de caudais deve ser integrado no estudo e na participação pública do plano da bacia hidrográfica do Tejo sob pena de uma violação directa da Directiva Quadro da Água em ambos os países, devendo daí resultar a sua validação ou a proposta de uma nova alteração do Convénio de Albufeira.
Além destes aspectos, existe ainda o problema da inexistência de um sistema de monitorização de caudais permanente e online, constatando-se inactividade do SNIRH quanto à quantidade de água, em especial, na Ponte de Muge, um dos locais de controlo do cumprimento do regime de caudais estipulado no Convénio, e da ausência de referência à regulação quantitativa do caudal de chegada ao mar, com impacto na erosão costeira na Costa da Caparica.
O Convénio da Albufeira estabelece uma reserva de 1000 Hm3 para transvases do Tejo, baseado na lei franquista dos transvases de 1971 e em cálculos de 1968 que estão gravemente incorrectos por se tratar de séries hidrológicas de anos muito húmidos, desde os anos 40, que não se voltaram a repetir.
Destes 1.000 hm3, 600 hm3 foram imediatamente regulamentados e 400 hm3 seriam acrescidos numa segunda fase, quando se fizessem mais barragens para armazenar água na bacia do Tejo, que nunca foram feitas.
Este volume de reserva é tão irrealista que, em quase 30 anos de funcionamento do transvase, desde 1980, não puderam tansvasar, em média, mais de 200-300 hm3 por ano, mas não por solidariedade do governo espanhol ou do Levante para com a bacia hidrográfica do Tejo, mas porque não existia esta disponibilidade de água.
Assim, o governo e os cidadãos portugueses devem exigir a imediata supressão desses 1.000 hm3 do Convénio de Albufeira, visto que não existem estes excedentes na bacia hidrográfica do Tejo, sendo os transvases dessa dimensão contrários à lei espanhola.
7 - Como vê a criação de um Museu do Tejo, de um Observatório do rio Tejo e a recuperação de portos, cais e barcas junto das populações ribeirinhas?
O Tejo enquanto factor estratégico e factor de identidade cultural é utilizado como eixo de todos investimentos realizados em municípios ribeirinhos, devendo portanto ser objecto de uma estratégia transversal e Ibérica de preservação do seu património ambiental e cultural.
O objectivo do Observatório Ibérico do Tejo seria esse mesmo, contribuir para a defesa e valorização do Tejo e dos seus afluentes, para promover projectos de investigação, acção e formação, de uma forma integrada por parte das universidades e os Institutos de Ensino Superior das regiões do Tejo nacional e internacional, e promover o estudo, a divulgação e a animação do património histórico e cultural do Tejo e das populações ribeirinhas.
Devemos salientar o facto de ambas as capitais Lisboa e Madrid estarem localizadas na bacia do Tejo e a importância do seu potencial contributo para o conhecimento e preservação cultural e ambiental do rio.
O Museu do Tejo irá ser construído no Cartaxo e já existe uma Casa de Artes e Cultura do Tejo em Vila Velha de Rodão, podendo estes espaços e equipamentos de cultura ao longo do Tejo ter um planeamento e coordenação na sua utilização, receberem o apoio dos estudos e da investigação realizada pelas universidades e institutos, e os municípios ribeirinhos potenciarem com os seus recursos a recuperação de património importante para o rio, como os portos, os caís, as barcas, independentemente da sua localização, podendo receber como benefícios as exposições e mostras culturais vivas daquilo que é a comunhão do Homem com o rio.
8 - Iniciativas futuras do movimento proTEJO?
Até final do ano de 2009 está previsto ainda em Novembro a realização de umas “ Jornadas sobre a Sedimentação do rio Tejo” com o objectivo de debater e elencar as causas do problema da sedimentação e assoreamento do rio Tejo, identificando as causas e indicando as respectivas soluções, no qual além dos especialistas académicos neste domínio temos já garantida a presença da Associação dos Areeiros do Tejo, que estão disponíveis para participar na preservação do rio Tejo em conjugação com a viabilização da actividade de extracção de areias.
Realizaremos ainda um importante intercâmbio entre movimentos espanhóis e portugueses em defesa do Tejo e seus afluentes, no qual será definida uma estratégia comum para os movimentos espanhóis e portugueses e, eventualmente, a elaboração de uma carta reivindicativa ibérica.
Em 2010 faremos uma nova mobilização ibérica de cidadãos em defesa do Tejo, com uma Marcha Azul da Água para levar a água do Tejo da nascente até à foz, com percursos a pé, de cavalo, de autocarro, de comboio, finalizando com a entrega da carta reivindicativa ibérica ao governo português e ao representante do governo espanhol em Lisboa.
No plano político interno e no seguimento desta estratégia, importa ainda este ano solicitar audiências aos grupos parlamentares e à comissão parlamentar do ambiente, de forma a sensibilizá-los para a questão dos transvases, e posteriormente a solicitação de uma audiência à Sr.ª Ministra do Ambiente no sentido de obtermos informação adicional e de conhecermos a sua opinião sobre o papel e a estratégia do governo português para a defesa do rio Tejo.
Difusão radiofónica da entrevista:
Terça-feira - às 12h15 e às 19H10.
Sábado - entre as 13h15 e as 14 horas.

sábado, 24 de outubro de 2009

O TEJO É EUROPEU

A União Europeia pediu explicações ao Governo Espanhol sobre a crítica situação de degradação do Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel, em Castilla-La Mancha, catalogado como Reserva da Biosfera e Zona de Interesse Comunitário, investigando possíveis violações da normativa meio ambiental da UE.
O Tejo é mais uma das vítimas da política de agricultura intensiva espanhola e sofre os efeitos colaterais dos danos causados neste Parque Natural com o transvase de água que está previsto para Janeiro com vista a apagar o incêndio de trufa que actualmente o assola.
É nosso dever alertar a União Europeia para os estragos que esta política e os transvases que lhe estão associados estão a produzir na bacia hidrográfica do Tejo, comprometendo o cumprimento da Directiva Quadro da Água.



El PSOE dice que las competencias en parques nacionales son del Gobierno central
El Gobierno de Castilla-La Mancha considera que la UE debería tener en cuenta el ahorro de agua logrado por los agricultores de esta comunidad mediante la modernización de sus regadíos.
Esta es la respuesta con la que el Ejecutivo castellano-manchego trata de eludir su responsabilidad sobre la crítica situación del Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel después de que la Comisión Europea haya pedido explicaciones al Gobierno español sobre la degradación de este paraje catalogado como Reserva de la Biosfera y Zona de Interés Comunitario. La Comisión investiga investiga posibles vulneraciones de la normativa medioambiental de la UE en el Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel, en Castilla-La Mancha.
No obstante, el secretario de Estado de Medio Rural y Agua, Josep Puxeu, indicó que «no hay ningún expediente abierto, lo que sí hay es una comunicación fluida con las autoridades de la Unión Europea que, como nosotros, están preocupadas» por la situación del Parque, quien subrayó la disposición del Gobierno a facilitar información.
Por su parte, el consejero de Agricultura y Desarrollo Rural, José Luis Martínez Guijarro, apuntó que «debe ser conocido el enorme esfuerzo realizado por el sector agrario para ahorrar agua modernizando sus regadíos porque somos la comunidad autónoma que tiene un mayor porcentaje de riego eficiente», lamentando que «algunas organizaciones intentan demonizar el sector agrario de la Región».
Por su parte, la vicepresidenta y consejera de Economía y Hacienda de Castilla La Mancha, María Luisa Araújo, aseveró que al Gobierno regional no le preocupa el expediente sancionador que pueda interponer la UE sino que lo realmente le inquieta es la situación de este espacio natural.
Exigentes
Así insistió en que van a «ser exigentes» con el Gobierno de España, así como «colaboradores en la puesta en marcha de medidas que resuelvan los problemas».
El secretario de Organización del PSOE de Castilla-La Mancha, José Manuel Caballero, señaló que en la situación en que se encuentran las Tablas de Daimiel «es evidente que hay una responsabilidad» y, en este sentido, apuntó que las competencias en parques nacionales son del Gobierno de España.
Mientras tanto la portavoz de los parlamentarios populares en las Cortes regionales de Castilla-La Mancha, Ana Guarinos, atribuyó la polémica situación del Parque , afectado por un incendio subterráneo, al «eterno» problema del agua que sufre Castilla-La Mancha que «no ha sabido resolver» el PSOE.
Según indicó Guarinos, «el problema que tenemos en esta Región es que llevamos muchos años con un problema, llevamos muchos años con un gobierno, y el gobierno ha sido incapaz de resolver el problema, y lo que está haciendo con el transcurso del tiempo es continuar dándole una mayor gravedad a este problema».
Caballero, por su parte, aseguró que no entiende que ahora los dirigentes del PP se «rasguen las vestiduras» por la situación de las Tablas cuando hace tan sólo un año en el Senado votaron en contra de una iniciativa que pretendía apoyar una solución para el humedal.
El parlamentario socialista pidió a la presidenta de los populares castellano-manchegos y senadora autonómica, María Dolores de Cospedal, que expliqué por qué hace un año votó en contra de que se pusieran soluciones encima de la mesa para el Parque Nacional de las Tablas.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

NOVO GOVERNO, POLITICA NOVA!?

É sempre bom começar por felicitar os novos membros do Governo, em especial, a nova Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Engª. Dulce Pássaro.
Desejamos-lhe um bom exercício governativo esperando que seja sensível aos problemas que afectam o rio Tejo e que intervenha de forma activa na gestão da sua bacia hidrográfica.
E que esteja atenta aos sinais que nos chegam do outro lado da fronteira, desta vez as sondagens do Governo Espanhol às companhias de electricidade para que aceitem o transvase de Valdecañas.
Sondean a las compañías eléctricas para que acepten el trasvase de Valdecañas
http://www.laverdad.es/murcia/20091020/region/sondean-companias-electricas-para-20091020.html

Por outro lado, aqui fica a razão pela qual as plataformas espanholas recusam o transvase de emergência para Tablas de Daimiel.

PLATAFORMA EN DEFENSA DE LOS RÍOS TAJO Y ALBERCHE,
DE TALAVERA DE LA REINA

NOTA DE PRENSA
Posicionamiento de la Plataforma contra el posible trasvase de emergencia de agua del Tajo al Parque Nacional de las Tablas de Daimiel.
Ante las noticias de la propuesta/aprobación de un nuevo trasvase de aguas del Tajo con destino a lo que fueron las Tablas de Daimiel (cuenca hidrográfica del Guadiana, provincia de Ciudad Real), la Plataforma expresa que:
La situación por la que atraviesa el Parque Nacional es consecuencia directa de la mala gestión de los ríos, humedales y recursos hídricos del alto Guadiana, donde centenares de kilómetros de ríos han desaparecido, se han secado ojos y surgencias naturales, a la vez que se ha saqueado impunemente el acuífero, en una política de suicidio económico, social y ecológico del territorio, de la que son cómplices los gobiernos de distinto signo que se han sucedido, tanto en España como en Castilla-La Mancha. Este desastre ambiental sin paliativos queda ahora circunscrito en el debate, a la urgencia de “rellenar” lo que fueron las Tablas de Daimiel con agua de otra cuenca hidrográfica, ignorando deliberadamente que la importancia de las Tablas radica, no en si tienen agua y patos; sino en la plena función ecológica que el propio ecosistema vivo es capaz de desarrollar. Las Tablas de Daimiel, con el agua del Tajo, con los Ojos del Guadiana secos y llenos de aspersores, con su entorno muerto, con el acuífero a 35 metros bajo la superficie, son como un animal disecado: tiene apariencia de vivo, pero sólo en la piel y los ojos de cristal.

En el último año hidrológico que finalizó el 30 de septiembre, se han trasvasado desde Entrepeñas y Buendía 296 hectómetros cúbicos. De ellos 160 se han dedicado a regadío en la cuenca del Segura; 106 a abastecimiento en la Mancomunidad de Cabales del Taibilla; 10 se han destinado a Almería; y 20 a las Tablas de Daimiel. Y todo ello pese a que ha sido un año de bonanza pluviométrica en la cuenca del Segura, tanto que las reservas al final del año hidrológico triplicaban las del anterior. Sabiendo el Ministerio de Medio Ambiente y Medio Rural y Marino desde hace meses la precaria situación del Parque, y previendo la necesidad de rellenarlo con agua del Trasvase, ¿por qué no se ha reservado en Entrepeñas y Buendía el agua que ahora se almacena en la cuenca del Segura, y ya no puede volver atrás? Señores del Ministerio: no es que este año haya “sobrado” agua en la cuenca del Segura, sino que ustedes han trasvasado agua en exceso, tanto que han triplicado las reservas de años anteriores, en una situación nunca antes vista. Si ha llovido, ¿por qué se ha trasvasado tanto? ¿Por qué “sobran” ahora en los embalses del Segura prácticamente la totalidad de los hectómetros cúbicos que se han trasvasado para regar el año pasado? ¿Y por qué se sigue reclamando agua sin descanso desde Murcia y Valencia? Por avaricia y por la más absoluta falta de una visión de Estado, alentada por la política trasvasista a ultranza de los gobiernos que se han sucedió tanto del PP como del PSOE. El Ministerio de Medio Ambiente, con su política filibustera hacia los recursos del alto Tajo, para contentar los oídos de las regiones Mediterráneas, ha autorizado el saqueo de la cabecera del Tajo. Y ahora, cómo no, hay que venir a por más, porque somos siempre los mismos, los únicos donde el Estado puede ejercer el derecho de pernada gracias a una ley franquista de 1971. Para el río Tajo la Democracia aún no ha llegado.

El Tajo no tiene agua en cabecera, apenas 370 hm3, menos del 15%. Muchos pueblos de la cuenca del Tajo, pese a ser excedentaria, se tienen que abastecer a día de hoy con camiones cisterna (ahí está la Mancomunidad de la Campana de Oropesa y las Cuatro Villas); los pueblos de la cuenca del Tajo en la provincia de Cuenca han tenido el mismo problema, los alcaldes del Tiétar han pedido la dimisión del presidente de la Confederación Hidrográfica del Tajo, los pueblos de la Sierra Oeste de Madrid protestando por el estado de su embalse de San Juan, restricciones en el Campo Arañuelo extremeño, enfado de los agricultores de Guadalajara por el trasvase a Daimiel, la Mancomunidad de Aguas del Sorbe ha entrado en alerta; no hay agua en el Alberche que garantice para el próximo año las demandas de abastecimiento de Toledo y Talavera de la Reina. ¿A qué estamos jugando? ¿Somos una cuenca excedentaria, que puede dar agua para beber y regar en Murcia y Alicante, tanta que incluso sobra? ¿podemos dar agua para socorrer una y otra vez un parque nacional dejado a su suerte desde su declaración; pero a la vez podemos permitirnos el lujo de estar sin agua para beber en la mitad del territorio? ¿Qué es esto? ¿Qué gestión absurda se realiza de la cuenca del Tajo? ¿Es que va a seguir la Administración gestionando la cuenca del Tajo creyendo a pies juntillas y parapetándose en los excedentes tan irreales como falaces de la Ley de 1971?

Señores del Gobierno de España, de la Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha: ya está bien, hasta aquí hemos llegado. Ustedes en 30 años no han sido capaces de poner soluciones al desastre medioambiental del alto Guadiana. Ya está bien de parches. Es una absoluta vergüenza contemplar lo que fueron los Ojos del Guadiana, el cauce del propio río desde los Ojos a lo que es el Parque nacional. Una vergüenza que ejemplifica la dejadez de la Administración en el mayor desastre ambiental acaecido en fechas históricas en la Península ibérica. Es algo de tal magnitud por el que nos juzgarán, a todos, las generaciones venideras. Ya la Comunidad Europea ha abierto un expediente sancionador a España por esa desidia que ha hecho que se arruinen Las Tablas.

Señores del Gobierno de España, de la Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha: el Tajo está muerto entre Bolarque y Talavera de la Reina por la falta de agua: no hay bosques de ribera, están muertos por la salinidad de las aguas; el caudal es ínfimo en Toledo y Talavera de la Reina. ¿No les importa? A ustedes el Tajo sólo les importa porque tiene agua, agua que usar, bien en el Mediterráneo o en la Mancha, y se mantiene un silencio cómplice sobre el proyectado trasvase del Tajo Medio o el expolio del Alberche.

Desde la Plataforma en defensa de los ríos Tajo y Alberche de Talavera de la Reina, y en consonancia con la oposición a cualquier trasvase fuera de la cuenca que el primer punto de nuestra tabla reivindicativa indica, queremos mostrar nuestra oposición a cualquier trasvase que se realice ahora desde el Tajo a lo que fueron las Tablas de Daimiel. El agua para rellenar lo que fueron las Tablas de Daimiel se debe obtener del propio Guadiana, de las reservas contenidas en el embalse de Peñarroya, dejándolas fluir por el Záncara, dando continuidad al ecosistema primigenio que ya debería estar restaurado. Es imposible guardar agua para regar y a la vez querer trasvasar agua de una cuenca externa, como lo es la del Tajo, para rellenar lo que fueron las Tablas de Daimiel. Señores del Ministerio, de la Junta de Comunidades de Castilla-La Mancha: suelten los 40 hm3 que se almacenan a fecha de hoy en el embalse de Peñarroya, dejen fluir un caudal elevado. Quizá lleguen por lo que fue el cauce del alto Guadiana, y por lo que fueron el cauce del Záncara y del Gigüela, a lo que fueron las Tablas de Daimiel, 10 ó 15 hm3 con los que encharcar el Parque Nacional. Agua del Guadiana para el Guadiana. Quizá con esta agua llegue algún pato, acuda algún turista despistado, y podamos, tras este ejercicio de taxidermia, colocar en el escaparate el Parque Nacional de las Tablas de Daimiel, limpio de polvo y con los ojos de vidrio brillantes. La mentira hecha vida, de nuevo, un magnífico animal disecado pero esta vez al menos con agua de la propia cuenca hidrográfica.

Más información: Miguel Ángel Sánchez: 616983715 Miguel Méndez: 609982879

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A TUBAGEM MANCHEGA - TRANSVASE EM CONSTRUÇÃO

Além dos dois transvases vigentes, o Transvase Tejo-Segura (TTS) e a sua derivação para o Parque Natural de Tablas de Daimiel, está a ser construído outro megaprojecto que, hidrogeológicamente, é muito questionável: a Tubagem Manchega (TM), ou seja, o Transvase Tejo-Guadiana. A TM aproveitará parte do caudal que circula através do TTS com a finalidade de fornecer as populações carenciadas da provincia de Ciudad Real da região de Castilla-La Mancha, na Bacia Hidrográfica do Guadiana (para fora da bacia hidrográfica do Tejo, por isso um transvase).
O projecto consiste numa rede de distribuição que vai conduzir a água da conduta principal a cada município e tem um orçamento de base do concurso de 167 milhões de euros.
A infra-estrutura pretende levar água do Aqueduto Tajo-Segura para as planícies de La Mancha e integra quatro projectos.
Abaixo está a parte do projecto que respeita aos tubos de ligação aos depósitos dos municípios para abastecimento da população, incluido no Plano Nacional da Água, destinado à distribuição a várias aldeias na província de Ciudad Real, Cuenca, Toledo e Albacete, da água potável que irá passar pela conduta principal em construção.
Nestas províncias abastecer-se-ão 32 municípios: Alcazar de San Juan, Aldea del Rey, Almagro, Almodovar del Campo, Arenas de San Juan, Argamasilla de Alba, Argamasilla de Calatrava Bolaños de Calatrava Calzada de Calatrava, Campo Criptana Carrion de Calatrava, Ciudad Real, Daimiel, Fernan Caballero, Granátula de Calatrava, herança (Ciudad Real), o trabalho, Malagon, Manzanares, Membrilla Pedro Munoz Poblete, Puerto Lápice, Santa Cruz de Mudela, Socuéllamos, La Solana, Torralba de Calatrava, Torrenueva, Valdepeñas, Valenzuela de Calatrava, Villanueva de los Infantes e Villarta de San Juan.
No entanto, estes aquíferos são explorados, por vezes intensamente, para usos agrícolas e para o abastecimento das populações.
Como se vê, os gestores e criadores do TTS e da TM tendem a esquecer e a ignorar a existência de aquíferos e de técnicas de dessalinização e baseiam-se na utilização de recursos hídricos alheios para o desenvolvimento ou fornecimento de outras terras.

SILÊNCIOS DO TEJO

Os silêncios, omissões e falta de informação sobre recursos hídricos em Portugal são mais que muitos:
1º A omissão quanto aos quatro transvases em perspectiva;
2º A inexistência de um sistema de monitorização de caudais permanente e online, constatando-se inactividade do SNIRH quanto à quantidade de água, em especial, na Ponte de Muge, um dos locais de controlo do cumprimento do regime de caudais estipulado na Convenção Luso-Espanhola;
3º A ausência de referência ao caudal de chegada ao Estuário do Tejo na Convenção Luso-Espanhola .
"Para Luís Cruncho de Almeida “...o verdadeiro preço pago por Portugal pela garantia de caudais consiste nos silêncios da Convenção de 1998…”.
Um destes “silêncios” é o da não regulação quantitativa dos caudais de chegada ao mar. Isto é, para garantir o bom estado das águas dos estuários e águas marinhas adjacentes, seria preciso fixar a parcela de caudais com que cada Parte deve contribuir. Mas, de costas e águas marítimas quase nada refere a Convenção de 1998" - “O PRINCÍPIO DE USO EQUITATIVO: UMA PEDRA NO SAPATO DA CONVENÇÃO LUSO-ESPANHOLA?”, Amparo Sereno, Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Direito.

ORGANIZAÇÕES A "VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA"

35 PARTICIPANTES
Associação dos Amigos das Caneiras
Associação dos Amigos do Tejo
Associação dos Arquitectos Sem Fronteiras – Portugal
Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça
Associação Náutica da Marina do Parque das Nações

BBC - British Broadcasting Corporation
COAGRET – Portugal - Coordenadora de Afectados por Grandes Barragens e Trasvases
Coordinadora en defensa del Tajo Medio y Gredos
Direcção Regional de Florestas
Eco Cartaxo
Ecologistas en Acción de Toledo
Escola Superior de Desporto de Rio Maior
Federación de Asociaciones de Vecinos "El Ciudadano", Toledo
Freguesia de Marvila

Freguesia de Vila Nova da Barquinha
Fundação Nova Cultura da Água
Greenpeace – Toledo
Instituto de Arte e Design
Instituto da Democracia Portuguesa
Instituto Politécnico de Santarém
ISEL - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
Município de Santarém
Município de Azambuja
Município de Vila Nova da Barquinha

Município de Vila Franca de Xira
Município de Seixal
Município de Salvaterra de Magos
Município de Santa Maria da Feira
Plataforma en Defensa de los Ríos Tajo y Alberche de Talavera de la Reina
Plataforma de Toledo en defensa del Tajo
Projecto Rios
proTEJO - Movimento pelo Tejo
Red Ciudadana por una Nueva Cultura del Agua del Tajo/Tejo e sus ríos (Ibérica)
SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
Universidade Aberta
COM O APOIO
Associação dos Amigos das Caneiras
Bombeiros Voluntários de Almeirim
Bombeiros Voluntários de Alpiarça
Bombeiros Voluntários de Santarém
Município de Abrantes
Município de Santarém
Rancho Folclórico de Vale de Santarém
COMUNICAÇÃO SOCIAL
Revista da Marinha
Correio do Ribatejo
El Periódico de Catalunya
Jornal Público
TV4SEMANAS - SANTARÉM

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ELES BEBEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA


Elucidativa a banda desenhada "ornitológica" hoje publicada no jornal La Tribuna de Talavera

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ESPANHA A CAMINHO DO INCUMPRIMENTO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA

O Governo Espanhol acentua o papel dos transvases na sua política hidrológica, quando deveria envidar esforços para garantir que em 2015 cumprirá as determinações da União Europeia constantes da Directiva Quadro da Água, nomeadamente, assegurar o bom estado das águas e a unidade da gestão da bacia hidrográfica do Tejo.
A sustentabilidade da gestão da bacia hidrográfica do Tejo implica que cada um assuma a sua quota parte de responsabilidade na prossecução desse objectivo:
1. O Governo Espanhol deve investigar e implementar alternativas aos transvases, baseadas no uso eficiente da água, como a dessalinização, entre outras;
2. O Governo Português deve exigir que Espanha tome medidas para eliminar os transvases e tomar medidas para melhorar a qualidade das águas em Portugal;
3º A Comissão Europeia deve fiscalizar e acompanhar as políticas hidrológicas para garantir que estas caminham no sentido do cumprimento da Directiva Quadro da Água, o que não é o caso de Espanha, com os transvases que mantém vigentes, que está a contruir e que planeia fazer desde o Médio Tejo.
Face aos transvases do Tejo, vigentes e em construção ou em estudo de viabilidade, o Estado Português deveria informar a Comissão desse facto recomendando a investigação e implementação de alternativas a estes transvases no sentido da sustentabilidade e unidade de gestão da bacia hidrográfica do Tejo, à qual a Comissão terá que responder no prazo de 6 meses, nos termos do artigo 12º da Directiva Quadro da Água.
Por que espera o Estado Português para defender o bem estar ambiental do Tejo, para não dizer o bem estar dos portugueses?
Teremos que ser nós, cidadãos, a fazê-lo?
Sim, apresentando os factos à Comissão Europeia, suprindo as omissões do Governo Português.
E não esqueçamos que a Comissão Europeia é presidida por um português que tem o dever de não andar distraído no seu mandato europeu.
Está na hora de desencadearmos procedimentos junto das instituições europeias!
O Tejo merece!

DIRECTIVA 2000/60/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, de 23 de Outubro de 2000
Artigo 12.º - Questões que não podem ser tratadas a nível dos Estados-Membros
1. Se um Estado-Membro identificar uma questão que tenha impacto sobre a gestão das suas águas mas que não possa resolver, pode informar desse facto a Comissão e qualquer outro Estado-Membro interessado, podendo apresentar recomendações para a resolução do problema em causa.
2. A Comissão dará resposta aos relatórios ou recomendações dos Estados-Membros dentro de um prazo de seis meses
.

Zapatero negoceia com a Extremadura outro transvase do Tejo para o Segura
O Conselheiro diz que o governo está a mudar a sua política hidrológica

http://www.lasprovincias.es/valencia/20081025/tema-dia/zapatero-negocia-extremadura-otro-20081025.html
Um tractor fará um socalco junto ao tubo do transvase Tejo-Segura que envia água para o reservatório de La Pedrera, passando pelo município de Orihuela. O presidente da Junta de Extremadura, Guillermo Fernández Vara, disse que "até hoje" não tem informação "de um projecto concreto" de um possível transvase do Tejo desde o reservatório de Valdecañas, na província de Cáceres, até ao Segura, embora se tenha mostrado "disposto a conversar." Foi desta forma que Vara se pronunciou sobre as declarações feitas pelo secretário de Estado dos Recursos Hídricos, Josep Puxeu, reproduzidas ontem pela agência Efe, que afirmou que o transvase do Tejo para o Segura desde Cáceres seria provavelmente uma boa escolha e que o Ministério pretende anunciá-lo antes de Fevereiro.
As manifestações de Puxeu não estão muito longe do que tinha dito no mês de Agosto o Conselheiro Regional do Ambiente da Generalidade Valenciana, José Ramón García Antón, e Antonio Cerdán, Conselheiro de Murcia responsável pela água, como relatou "LAS PROVINCIAS".
O projecto consiste na ligação da barragem de Valdecañas, em Cáceres, com La Roda, em Albacete, onde se ligaria ao aqueduto que actualmente transporta a água para o sul de Alicante e Murcia, procedente das barragens de Entrepeñas e Buendia, na cabeceira do rio Tejo.
O presidente da Extremadura, que disse estar surpreendido com a notícia, chamou a ministra do Ambiente, Elena Espinosa, para lhe perguntar se "tinha que saber algo que não conhecesse." A ministra disse que após a reunião que teve na quinta-feira com o presidente de Murcia, Ramón Luis Valcárcel, "nem das suas declarações nem das do presidente do Murcia se pode deduzir qualquer elemento relativo a este assunto."
A ministra disse ontem à tarde que este transvase "não é um projecto que esteja em estudo" e que nem está na mesa do Ministério para análise. O único transvase sobre o qual se trabalha é o do Ródano à Catalunha.
Anteriormente, o presidente da Extremadura, Fernández Vara, disse que os rios "não são ninguém", que está disposto a negociar, mas que colocará as suas "condições ".
A primeira vice-presidente do Governo, Maria Teresa Fernandez de la Vega, afirmou que o governo "não exclui" os transvases quando são sustentáveis ambientalmente e economicamente, mas, actualmente, apenas se estuda, a pedido do Congresso, o do Ródano.
A porta aberta que a Extremadura deixa ao transvase Tejo-Segura foi aplaudida pelo líder dos socialistas Valencianos. Jorge Alarte disse que seria "uma boa notícia".
Mudança na política da água
O vice-presidente do Consellho, Vicente Rambla, interpretou que as palavras de Puxeu representam uma mudança na política da água do Governo, que está a perceber que "o fundamentalismo hidríco de não permitindo que a água seja utilizada por todos é um discurso que deve acabar. "
Rambla reivindicou o transvase do Ebro e recordou que, no ano passado, o rio foi atirou ao mar 36.080 hectómetros cúbicos de água, de modo que "ainda que se transvassassem 1.000 hectómetros ainda se verteriam 35.000 hectómetros."

domingo, 18 de outubro de 2009

CARTA E INTERVENÇÕES CONTRA A INDIFERENÇA

A "Vogar Contra a Indiferença", a 17 de Outubro de 2009 em Caneiras - Santarém, estiveram 126 participantes e de 35 organizações, tendo comparecido mais de duzentas pessoas para acompanhar as intervenções em defesa do Tejo e da cultura Avieira.

1. Carta Contra a Indiferença por Paulo Constantino, porta voz do proTEJO – Movimento Pelo Tejo

2. Lurdes Asseiro, Presidente do Instituto Politécnico de Santarém e representante do projecto de candidatura da cultura Avieira a Património Nacional

3. Miguel Mendez-Cabeza, representante dos movimentos espanhóis, porta voz da Plataforma para a defesa do Tajo e do Alberche, de Talavera de la Reina

GREENPEACE A VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA - NOTÍCIAS DO DIA

"O rio não é um esgoto" denuncia Greenpeace em protesto contra transvases no Tejo
Santarém, 17 Out (Lusa)
- No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
BYO.
Lusa/Fim

Greenpeace: Em defesa do Tejo - 18 Outubro 2009
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=9BB12B4C-9BE9-4882-B199-4D001D7D9203
O Greenpeace colocou ontem, em Santarém, tarjas com a mensagem “o rio não é um esgoto”, lamentando o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras. Os activistas reivindicam medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola

Cruzeiro no Tejo apela ao fim dos transvases espanhóis e da poluição
http://www.oribatejo.pt/2009/10/cruzeiro-no-tejo-apela-ao-fim-dos-transvases-espanhois-e-da-poluicao
Bruno Oliveira
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
No recinto de festas das Caneiras podiam-se ler tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, colocadas pela Greenpeace. Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto do rio Tejo estar quase sem água nesta zona mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e o outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levado por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio. São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola. Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
A despoluição do rio e o seu desassoreamento também estão entre as propostas deste manifesto, cujos signatários defendem também o fim da pesca ao meixão (enguia bebé) e a abertura de canais de passagem para os peixes junto das barragens.

Greenpeace - "O rio não é um esgoto" - 17 de Outubro de 2009
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=34452&idSeccao=479&Action=noticia
http://noticiasdoribatejo.blogs.sapo.pt
http://www.destak.pt/artigo/43034
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=416009
http://www.netmadeira.com/noticias/sociedade/2009/10/17/o-rio-nao-e-um-esgoto
http://www.millenniumbcp.pt/site/transaccoes/article.jhtml?articleID=584811
No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.

DESCIDA DE CANOA CONTRA A INDIFERENÇA - 17 DE OUTUBRO


A descida de canoa entre Alpiarça e Caneiras desempenhou bem o seu papel mostrando o maltrato a que o Tejo está cometido.
Desde o assoreamento que impediu os barcos dos Bombeiros de Alpiarça e Almeirim de acompanhar a descida de canoa. Contudo, este precalço não colocou em causa a segurança porque não existia profundidade de água para os participantes se afogarem.
Pelo caminho abundam os bancos de areia, as redes de pesca ilegais, as dragas a atravessarem o rio cujos cabos impedem a normal passagem das canoas, tendo que intervir o monitor levantando os cabos, a abundância de espécies exóticas que invadem as margens, os limos que abundam e impedem os pescadores de lançar os aparelhos, o mau cheiro das águas em zonas de águas paradas...
Mas ainda assim, os 21 canoístas que participaram retiveram as imagens da beleza natural e paisagística, do cardume de tainhas que se defendem fazendo saltar a água (4:30) e dos pescadores que em Caneiras ainda resistem a estes males e mantêm a sua actividade no rio, pescando dia a dia e lutando conosco para que o rio volte a ser seu.
Todos juntos continuaremos a defender o Tejo para que volte a pertencer às populações ribeirinhas, a todos os portugueses e espanhóis da sua bacia.
O Tejo merece!

CRUZEIRO DO TEJO CONTRA A INDIFERENÇA - 17 DE OUTUBRO


O cruzeiro partiu de Lisboa avançando pelo Grande Estuário, os Varinos "Liberdade" e "Vala Real" e o Bote-de-Fragata "Baía do Seixal" avançaram com cuidado para não encalharem e chegaram a Valada do Ribatejo graças à experiência e saber dos seus arrais.
Pelo caminho a beleza natural e paisagística, bem como as redes ilegais de pesca do meixão, algo a ser erradicado para proteger as criações para os pescadores que respeitam o Tejo e a sua fauna.

Nele participaram 81 pessoas, no bote-de-fragata "Baía do Seixal" e nos 2 varinos "Vala Real" e "Liberdade", mais 25 pessoas em 5 veleiros, num total de 106 cruzeiristas.

CARTA CONTRA A INDIFERENÇA - CANEIRAS (Santarém) - 17 de Outubro

O rio Tejo não é apenas água, é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo, das terras e das aldeias por onde passa.
É com grande felicidade que vemos juntarem-se em defesa do Tejo todos os cidadãos e organizações aqui presentes, representativos de toda a bacia ibérica do Tejo e de todos os sectores da sociedade e áreas de acção, constituindo-se como um exemplo independente de participação e cidadania.
Nas nossas diferenças, o elo que nos une é o Tejo!
O mesmo Tejo que une toda esta bacia de Espanha a Portugal, que une todas as populações ribeirinhas e as suas culturas, que o conhecemos e o vivemos da nascente até à foz, de Albarracín ao Grande Estuário.
É também significativo que nos encontremos numa aldeia Avieira que simboliza a cultura e o património de um povo que vive o seu quotidiano em plena comunhão com o rio Tejo - o povo dos pescadores Avieiros, os que vieram da praia de Vieira de Leiria e se fixaram ao longo deste rio a partir do século dezanove, à procura do sustento para as suas famílias e das condições de sobrevivência que o mar da praia de Vieira de Leiria lhes negava.
Os Avieiros venceram as privações porque lutaram muito e conseguiram sobreviver e prosperar em harmonia com o rio, que lhes foi generoso no passado.
A preservação desta cultura Avieira, que se materializará na recuperação desta maravilhosa aldeia piscatória das Caneiras, é um tributo que o projecto de candidatura da cultura Avieira a património nacional oferece ao TEJO, para que esse laço de natureza e cultura perdure e se fortaleça.
Mas o que foi outrora um jardim de peixe, é hoje infelizmente uma promessa de fóssil, caso não se tomem medidas urgentes para o salvar, tanto em Portugal como em Espanha.
Para os pescadores Avieiros é urgente assegurar que o caudal do Tejo seja o que era antigamente, acabar com a poluição que afasta os peixes e envenena o ambiente e as pessoas, criar canais de passagem para os peixes nas barragens e nos açudes, acabar definitivamente com a pesca ilegal do meixão ou enguia-bebé e combater as máfias organizadas no seu contrabando para Espanha e para a Ásia.
Conhecemos os males de que o Tejo padece com os transvases, com o assoreamento, com a poluição, ou seja, o maltrato que a mão do homem tem vindo a infligir à sua água e aos seus ecossistemas.
Para conter essa mão que o maltrata temos que abrir a outra mão para que o proteja, e essa mão somos nós!
Por isso temos o dever de estender essa mão aberta para criar uma corrente de vontade e de intencionalidade, que seja capaz de esclarecer quem decide e que exija um tratamento ecologicamente sustentável para o rio Tejo.
Devemo-lo a nós próprios, que com o Tejo partilhámos a nossa vida e aceitámos a generosidade das suas águas.
Devemo-lo às gerações futuras para que conheçam um Tejo vivo, como nós o conhecemos, e não um escravo e prisioneiro do egoísmo e da especulação dos humanos.
Se continuarmos neste rumo, as próximas gerações já não conhecerão rios vivos, mas apenas imagens na internet... que serão sombras do que um dia nos foi oferecido com generosidade.
Por tudo isto, devemos unir-nos e reclamar a unidade e integridade do Tejo e da sua bacia, já que o amor e o respeito que por ele sentimos não se esgotam em nenhuma das fronteiras administrativas e artificiais que os homens impõem à natureza.
Para que as nossas mãos o protejam temos que as unir e coordenar, mostrando a união dos cidadãos portugueses e espanhóis na defesa do Tejo, enquanto bacia ibérica e internacional, e afirmar a nossa determinação para combater a indiferença ao maltrato que tem vindo a sofrer.
Assim, com vista a defender o Tejo e seus afluentes, e como cidadãos do rio Tejo, em Espanha e em Portugal, unimo-nos para reivindicar a todas as autoridades competentes, internacionais, nacionais, regionais e locais:
1º. A necessidade de uma gestão sustentável da bacia hidrográfica do Tejo;
2º. O cumprimento da Directiva Quadro da Água, ou seja, a garantia de um bom estado das águas do Tejo;
3º. O estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ambientais, diários, semanais e mensais, reflectidos nos Planos da Bacia Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal, que permitam o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio;
4º. A monitorização do cumprimento permanente do regime de caudais ambientais;
5º. A recusa dos transvases do Tejo e o apoio à investigação de alternativas sustentáveis, baseadas no uso eficiente da água;
6º. A concepção de um projecto com vista ao desassoreamento do rio Tejo e à sua navegabilidade;
7º. A qualidade e quantidade de água do rio Tejo e dos seus afluentes, no sentido de garantir os diversos usos;
8º. A realização de acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente;
9º. A valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
É isto que defendemos,
Que as nossas mãos unidas protejam o TEJO.
E digamos com Miguel Torga, porque os poetas sabem ver o futuro
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
O Tejo merece!

sábado, 17 de outubro de 2009

4º TRANSVASE DO TEJO - UMA REALIDADE

É inaceitável que o presidente do Instituto da Água (Inag) se refira a transvases de emergência previstos pelo Governo espanhol e não se reporte ao estudo já encomendado pela Junta da Extremadura para um quarto transvase permanente do Tejo.
A ilusão de comunicação não surtiu efeito face ao imediato esclarecimento operado junto dos meios de comunicação social.
No noticiário da SIC
http://www.youtube.com/watch?v=xudhJZ7dZw0
E no Público
"Cruzeiro contra a Indiferença" contesta transvases espanhóis
Por Jorge Talixa
http://jornal.publico.clix.pt/noticia/18-10-2009/cruzeiro-contra-a-indiferenca-contesta-transvases-espanhois-18039893.htm
Movimento ProTejo critica omissões do Inag e apresenta reivindicações para que as memórias dos rios vivos não permaneçam apenas na Internet
O movimento ProTejo estranha que o presidente do Instituto da Água (Inag) se refira a transvases de emergência previstos pelo Governo espanhol e não se reporte ao estudo já encomendado pela Junta da Extremadura para um quarto transvase permanente do Tejo. As implicações deste eventual desvio de mais água para o Sul de Espanha foram a razão principal do "Cruzeiro contra a Indiferença", que ontem juntou organizações dos dois países na defesa do grande rio ibérico.
A iniciativa envolveu uma descida do Tejo em canoas e uma subida em barcos de cruzeiro e culminou com a apresentação da "Carta contra a Indiferença". O porta-voz do ProTejo disse que o que está em estudo em Espanha "não é apenas um transvase de emergência", para alagar o Parque Nacional Tablas de Daimiel (Cuidad Real), afectado por uma seca extrema, mas também um quarto transvase. "É uma pura omissão dos verdadeiros transvases", observa Paulo Constantino, criticando as declarações do presidente do Inag, Orlando Borges, e acrescenta que em construção já está um terceiro transvase para alimentar o Guadiana e que o estudo encomendado recentemente pela Junta da Extremadura avalia a viabilidade de um quarto transvase entre o médio Tejo espanhol e as bacias do Guadiana e do Segura, que já está também a ser muito contestada no centro de Espanha.
Preocupado com os cada vez mais reduzidos caudais que entram no Tejo português, o movimento acha que um quarto transvase faria com que passassem para Portugal apenas as águas já utilizadas (em grande parte poluídas) pelos sete milhões de habitantes da zona de Madrid, despejadas no afluente Albeje.
O protesto de ontem culminou na aldeia de pescadores avieiros de Caneiras (Santarém). Os movimentos envolvidos pretendem expor o problema à União Europeia, considerando os danos ambientais e para as populações e actividades económicas ribeirinhas de todas estas alterações no caudal do Tejo. A "Carta contra a Indiferença" apresentada em Caneiras termina com nove reivindicações dirigidas às entidades competentes dos dois países ibéricos.
O documento reclama uma gestão sustentável da bacia do Tejo, o estabelecimento e quantificação de um regime de caudais que permita o bom funcionamento dos ecossistemas ligados ao rio e a monitorização do cumprimento destes caudais mínimos. Defende também a recusa da política de transvases espanhola, a investigação de alternativas, a concepção de um projecto de desassoreamento e navegabilidade do troço final do Tejo português, a realização de acções para ajudar a restaurar o sistema fluvial natural e a valorização e promoção da identidade cultural e social das populações ribeirinhas do Tejo.
Esta carta sublinha que o Tejo "é cultura viva, a espinha dorsal e o eixo das terras e aldeias por onde passa", mas que "o que foi outrora um jardim de peixe, é hoje, infelizmente, uma promessa de fóssil, caso não se tomem medidas urgentes para o salvar", nos dois países.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

4º TRANSVASE DO TEJO EM ESTUDO DE VIABILIDADE E NÃO APENAS UM TRANSVASE DE EMERGÊNCIA

Li as notícias de hoje veiculadas pela Lusa e expressas nos diversos jornais, que omitem os verdadeiros transvases, referindo apenas o transvase de emergência que o governo espanhol pretende realizar.
O Tejo irá ficar com quatro transvases:
O Tejo tem dois transvases vigentes, o Tejo - Segura que parte das Barragens Entrepenas e Buendia (leva 80% das precipitações da cabeira do Tejo), e o Tejo - Las Tablas de Daimiel que alimenta este parque natural (que registou perdas de água de 95% em Julho e para onde querem fazer em Janeiro (para ter menos perdas) um transvase para suster um incendio de trufa por incuria no tratamento do parque).
Tem um terceiro transvase em construção para alimentar o Guadiana, conhecido como Tejo-Guadiana ou tubaria manchega, e um quarto transvase Tejo-Guadiana e Segura para o qual foi lançado um concurso para o estudo de viabilidade pela Junta da Extremadura.
É inaceitável a ilusão e a omissão que o INAG está a transmitir aos portugueses.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AONDE FORAM TODOS OS AUTARCAS DO TEJO?

Sem sombra de dúvida, um exemplo a seguir por todos os autarcas portugueses das povoações ribeirinhas do Tejo!!
O presidente de Castilla-La Mancha, o socialista José María Barreda, foi o único governante local a intervir junto do Primeiro Ministro de Portugal, José Socrates, tendo-lhe enviado uma carta a pedir uma reunião para comentar o desenvolvimento do comboio de alta velocidade e "conseguir que o rio Tejo mantenha um caudal que satisfaça as necessidades das nossas povoações e nos sirva a todos para favorecer o desenvolvimento económico e a conservação de uma natureza sustentável no conjunto da sua bacia".

Barreda pide una reunión a Portugal para mantener el caudal del Tajo
http://www.elpais.com/articulo/espana/Barreda/pide/reunion/Portugal/mantener/caudal/Tajo/elpepiesp/20091002elpepinac_10/Tes

TEJO PARA TODA A FOICE

Em Maio passado o Secretário de Estado da Água do Governo de Espanha, Josep Puxeu, aprovou um transvase de 20 hectómetros cúbicos (cada hectómetro equivale a um volume igual ao Estádio da Luz) através do Ciguela mas apenas chegou menos de 1 hectómetro.
Como referimos aqui, as perdas foram de 95% da água transvasada, ou seja, desperdiçaram 19 hectómetros cúbicos de água.
A alternativa de utilização de hidroaviões foi considerada inviável face às quantidades de água necessárias.
O Tejo está a ser usado e abusado, suportando todas as necessidades de Espanha, a especulação e o regadio em Murcia, e agora o combate aos incêndios em Tablas de Daimiel que resultam da incúria e má gestão ambiental que vai gerar um desperdício de 6 hectómetros cúbicos de água, a acreditarmos nas taxas de rendimento do Sr. Secretário de Estado da Água.
Em Portugal nem um pio, não se ouve vivalma sobre este assunto, nem sequer um murmúrio, ninguém levanta a voz para denunciar a falta de água no Tejo, que apresenta níveis muito abaixo do normal.
Ainda ontem um pescador se queixava que a água é tão pouca e os limos são tantos que já não conseguem disfrutar deste passatempo.
É lamentável, o Tejo não merece isto!
El País - 14/10/2009
Trasvase de emergencia contra el incendio subterráneo de Daimiel
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Trasvase/emergencia/incendio/subterraneo/Daimiel/elpepisoc/20091014elpepisoc_3/Tes

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O AVISO BOTORRITA PELO TEJO

Portugueses e espanhóis juntos contra redução dos caudais do Tejo - Público 12.10.2009
"O aviso botorrita
Uma placa sai da parede do despacho do secretario de Estado.
Uma placa de bronze, sejamos claros, que lhe ofereceu o presidente de Aragón, Marcelino Iglesias.
Na réplica da conhecida como tábua botorrita, encontrada no Cabezo de las Minas, junto à actual Zaragoza, está plasmado um texto que descreve o que poderia ter sido o leito hídrico mais antigo de Espanha.
Na dedicatória que o presidente aragonês enviou a Josep Puxeu faz notar que «os aragoneses há mais de 2.000 anos que lutam pela água».
A placa data do século I antes de Cristo.
Um pormenor que Puxeu conta entre piadas.
Se querem que o Meio Ambiente tenha em conta as vossas orações mandem mensagens subliminares que ilustrem a queixa.
Há espaço suficiente na parede."
5 Octubre 09 - Madrid - Javier Brandoli