"O rio não é um esgoto" denuncia Greenpeace em protesto contra transvases no Tejo
Santarém, 17 Out (Lusa) - No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
BYO.
Lusa/Fim
Greenpeace: Em defesa do Tejo - 18 Outubro 2009
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=9BB12B4C-9BE9-4882-B199-4D001D7D9203
O Greenpeace colocou ontem, em Santarém, tarjas com a mensagem “o rio não é um esgoto”, lamentando o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras. Os activistas reivindicam medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola
Cruzeiro no Tejo apela ao fim dos transvases espanhóis e da poluição
http://www.oribatejo.pt/2009/10/cruzeiro-no-tejo-apela-ao-fim-dos-transvases-espanhois-e-da-poluicao
Bruno Oliveira
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
No recinto de festas das Caneiras podiam-se ler tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, colocadas pela Greenpeace. Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto do rio Tejo estar quase sem água nesta zona mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”. O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e o outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levado por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio. São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo. “O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola. Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
A despoluição do rio e o seu desassoreamento também estão entre as propostas deste manifesto, cujos signatários defendem também o fim da pesca ao meixão (enguia bebé) e a abertura de canais de passagem para os peixes junto das barragens.
Greenpeace - "O rio não é um esgoto" - 17 de Outubro de 2009
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=34452&idSeccao=479&Action=noticia
http://noticiasdoribatejo.blogs.sapo.pt
http://www.destak.pt/artigo/43034
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=416009
http://www.netmadeira.com/noticias/sociedade/2009/10/17/o-rio-nao-e-um-esgoto
http://www.millenniumbcp.pt/site/transaccoes/article.jhtml?articleID=584811
No recinto de festas das Caneiras, Santarém, a organização Greenpeace colocou tarjas com a mensagem “O rio não é um esgoto”, no âmbito da iniciativa "Cruzeiro contra a indiferença".
Alguns activistas espanhóis lamentavam o facto de o rio Tejo estar quase sem água na zona de Caneiras, mas salientavam que em Toledo a situação não é melhor.
Cerca de uma centena de pessoas subiu o rio Tejo, num cruzeiro em três embarcações, desde o Parque das Nações em Lisboa até à localidade de Valada, no Cartaxo, numa acção em defesa do rio Tejo, promovido pelo movimento português ProTejo em conjunto com o consórcio de candidatura da cultura avieira a património nacional e com várias associações espanholas similares.
O “Cruzeiro contra a indiferença” terminou na aldeia avieira das Caneiras, em Santarém, onde se concentraram também activistas do Greenpeace, membros da Plataforma para a Defesa do Tejo e do Alberche, de Talavera de la Reina, a Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo e da organização de âmbito ibérico Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água no Tajo/Tejo e seus Afluentes.
Na mensagem lida por Paulo Constantino, porta-voz do movimento Protejo, são reivindicadas medidas que permitam uma “unidade na gestão da bacia hidrográfica do Tejo, em Espanha e Portugal”.
O grande receio deste movimento, e também dos seus similares espanhóis, é que, para além dos transvases que já existem entre Buendia e Murcia e entre o Tejo e o Guadiana, seja agora construído um novo transvase do Tejo Médio, entre Valdecañas e outro transvase que liga Buendia a Múrcia.
Um dos responsáveis e representante da plataforma de movimentos espanhóis em defesa do Tejo, Miguel Mendes, receia ainda que seja levada por diante a construção de um transvase entre um afluente do Tejo, o rio Tietar, e a zona de Valdecañas, retirando assim ainda mais água limpa do rio, que nesta zona “está cheio da porcaria de Madrid e arredores”, salienta o activista espanhol.
No manifesto é ainda defendida “a garantia de um bom estado das águas do Tejo”, que permita cumprir a Directiva-Quadro da Água europeia, assim como é proposto que seja estabelecido e fiscalizado o cumprimento de um regime de caudais ecológicos que permitam o funcionamento dos ecossistemas do rio.
São também pedidas alternativas aos transvases que, na óptica de Miguel Mendes, só servem para “sustentar uma agricultura sem sustentabilidade” na zona de Múrcia e também para “servir projectos de especulação imobiliária” junto ao Mediterrâneo.
“O rio não está seco só em Portugal, está também na zona de Talavera e até na parte mais alta do rio, junto à nascente”, salientou o porta-voz da plataforma espanhola.
Este dirigente apelou ainda a que em Portugal se realize uma manifestação à semelhança da que juntou cerca de 40 mil pessoas em Talavera de la Reina. Paulo Constantino, do movimento Protejo, apelou também a que o Governo português “faça pressão sobre Espanha para que se realize um projecto comunitário de investigação científica que dê alternativas aos transvases”.
Começo este blogue por uma causa esperando que seja palco de reflexão sobre esta e outras causas, que daqui brotem ideias, se aprofundem convicções e desenhem acções. E, cá por coisas, vamos a isto, que já se faz tarde!!
domingo, 18 de outubro de 2009
GREENPEACE A VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA - NOTÍCIAS DO DIA
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