Santarém, 03 Set (Lusa) - O Protejo - Movimento pelo Tejo quer que os candidatos aos próximos actos eleitorais - legislativas e autárquicas - tomem posição sobre os problemas que afectam a bacia hidrológica do Tejo, disse à Lusa um dos organizadores da reunião constitutiva do movimento.
Na reunião, agendada para o próximo sábado em Vila Nova da Barquinha, vai ser submetida a votação a proposta de uma "carta aberta" aos candidatos de todos os partidos, pedindo-lhes, nomeadamente, que se pronunciem sobre se entendem que os interesses de Portugal estão assegurados no Convénio de Albufeira, subscrito por Portugal e Espanha em 1998 e que entrou em vigor em 2000.
De acordo com a proposta, os candidatos deverão ainda pronunciar -se sobre se a gestão da água que está a ser feita no Alto Tejo, "e sobretudo o transvase Tejo-Segura", é "compatível com as exigências ambientais e a gestão sustentável da procura estabelecida pela Directiva Quadro da Água".
"O regime de caudais definido no Convénio de Albufeira disponibiliza água em quantidade suficiente para a sobrevivência do sistema fluvial natural e seu ambiente e subsistência das actividades económicas que dependem do rio?", questiona o documento.
Os candidatos são convidados a dizer também se concordam com um novo transvase de águas do Médio Tejo (rio Tiétar) a partir da barragem de Valdecañas, "em pleno Tejo Internacional e próximo da fronteira, solicitado pelo presidente da região de Múrcia e pelos regantes da bacia do Segura, que implicará uma redução do caudal do Tiétar e uma importante redução do caudal do Tejo em Portugal".
A missiva refere ainda as perdas de água, por evaporação e infiltração ao longo do transvase - que "representam 12 por cento da totalidade das precipitações de água da cabeceira do Tejo" e 95 por cento no que se refere à água transvasada para o Parque Natural de Las Tablas de Daimiel, "que permitiriam duplicar o caudal de água com origem na cabeceira" do Tejo -, questionando se esta situação é "aceitável num quadro de escassez de água".
Referindo a qualidade da água do Tejo, questiona sobre a sua utilização em actividades de lazer, desportos náuticos, agricultura e turismo, e procura saber que medidas são propostas pelos candidatos nesta matéria.
A implantação de centrais nucleares junto à fronteira, a cooperação transfronteiriça para a conservação da natureza e preservação de catástrofes, a navegabilidade do rio como forma de resolver o assoreamento são outras questões colocadas.
A "carta aberta" aos candidatos é a primeira proposta inserida num plano de actividades, igualmente a aprovar sábado, que inclui, ainda para este ano, a iniciativa "Pelos nossos rios, pelo nosso futuro, vogar contra a indiferença" e uma passagem pelas aldeias avieiras (que no princípio do século XX receberam as comunidades migratórias da região da Vieira de Leiria) desde a Póvoa de Santo Adrião até Alpiarça, que visa a divulgação da cultura ribeirinha do Tejo e a contestação ao transvase Tejo-Segura.
Na reunião, agendada para o próximo sábado em Vila Nova da Barquinha, vai ser submetida a votação a proposta de uma "carta aberta" aos candidatos de todos os partidos, pedindo-lhes, nomeadamente, que se pronunciem sobre se entendem que os interesses de Portugal estão assegurados no Convénio de Albufeira, subscrito por Portugal e Espanha em 1998 e que entrou em vigor em 2000.
De acordo com a proposta, os candidatos deverão ainda pronunciar -se sobre se a gestão da água que está a ser feita no Alto Tejo, "e sobretudo o transvase Tejo-Segura", é "compatível com as exigências ambientais e a gestão sustentável da procura estabelecida pela Directiva Quadro da Água".
"O regime de caudais definido no Convénio de Albufeira disponibiliza água em quantidade suficiente para a sobrevivência do sistema fluvial natural e seu ambiente e subsistência das actividades económicas que dependem do rio?", questiona o documento.
Os candidatos são convidados a dizer também se concordam com um novo transvase de águas do Médio Tejo (rio Tiétar) a partir da barragem de Valdecañas, "em pleno Tejo Internacional e próximo da fronteira, solicitado pelo presidente da região de Múrcia e pelos regantes da bacia do Segura, que implicará uma redução do caudal do Tiétar e uma importante redução do caudal do Tejo em Portugal".
A missiva refere ainda as perdas de água, por evaporação e infiltração ao longo do transvase - que "representam 12 por cento da totalidade das precipitações de água da cabeceira do Tejo" e 95 por cento no que se refere à água transvasada para o Parque Natural de Las Tablas de Daimiel, "que permitiriam duplicar o caudal de água com origem na cabeceira" do Tejo -, questionando se esta situação é "aceitável num quadro de escassez de água".
Referindo a qualidade da água do Tejo, questiona sobre a sua utilização em actividades de lazer, desportos náuticos, agricultura e turismo, e procura saber que medidas são propostas pelos candidatos nesta matéria.
A implantação de centrais nucleares junto à fronteira, a cooperação transfronteiriça para a conservação da natureza e preservação de catástrofes, a navegabilidade do rio como forma de resolver o assoreamento são outras questões colocadas.
A "carta aberta" aos candidatos é a primeira proposta inserida num plano de actividades, igualmente a aprovar sábado, que inclui, ainda para este ano, a iniciativa "Pelos nossos rios, pelo nosso futuro, vogar contra a indiferença" e uma passagem pelas aldeias avieiras (que no princípio do século XX receberam as comunidades migratórias da região da Vieira de Leiria) desde a Póvoa de Santo Adrião até Alpiarça, que visa a divulgação da cultura ribeirinha do Tejo e a contestação ao transvase Tejo-Segura.
MLL.
Lusas/fim
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